Cabala (também Kabbalah, Qabbala, cabbala, cabbalah, kabala, kabalah, kabbala) é uma sabedoria que investiga a natureza divina. Kabbalah (קבלה QBLH) é uma palavra de origem hebraica que significa recepção. A Kabbalah — corpo de sabedoria espiritual mais antigo contém as chaves, que permaneceram ocultas durante um longo tempo, para os segredos do universo, bem como as chaves para os mistérios do coração e da alma humana. Os ensinamentos cabalísticos explicam as complexidades do universo material e imaterial, bem como a natureza física e metafísica de toda a humanidade. A Kabbalah mostra em detalhes como navegar por este vasto campo, a fim de eliminar toda forma de caos, dor e sofrimento.

Durante milhares de anos, os grandes sábios cabalistas têm nos ensinado que cada ser humano nasce com o potencial para ser grande. A Kabbalah é o meio para ativar este potencial.

A Kabbalah sempre teve a intenção de ser usada, e não somente estudada. Seu propósito é trazer clareza, compreensão e liberdade para nossas vidas. Origem

A "Cabala" é uma filosofia esotérica que visa conhecer a Deus e o Universo, sendo afirmado que nos chegou como uma revelação para eleger santos de um passado remoto, e reservada apenas a alguns privilegiados.

Formas antigas de misticismo judaico consistiam inicialmente de doutrina empírica. Mais tarde, sob a influência da filosofia neoplatônica e neopitagórica, assumiu um carácter especulativo. Na era medieval desenvolveu-se bastante com o surgimento do texto místico, Sefer Yetzirah, ou Sheper Bahir que significa Livro da Luz, do qual há menção antes do século XIII. Porém o mais antigo monumento literário sobre a Cabala é o Livro da Formação (Sepher Yetsirah), considerado anterior ao século VI, onde se defende a ideia de que o mundo é a emanação de Deus.

Transformou-se em objeto de estudo sistemático do eleito, chamado o "baale ha-kabbalah" (בעלי הקבלה "possuidores ou mestres da Cabala "). Os estudantes da Cabala tornaram-se mais tarde conhecidos como maskilim (משכילים "o iniciado"). Do décimo terceiro século em diante ramificou-se em uma literatura extensiva, ao lado e frequentemente na oposição ao Talmud.

Grande parte das formas de Cabala ensinam que cada letra, palavra, número, e acento da Escritura contêm um sentido escondido e ensina os métodos de interpretação para verificar esses significados ocultos.

Alguns historiadores de religião afirmam que devemos limitar o uso do termo Cabala apenas ao sistema místico e religioso que apareceu depois do século XII e usam outros termos para referir-se aos sistemas esotéricos-místicos judeus de antes do século XII. Outros estudiosos veem esta distinção como sendo arbitrária. Neste ponto de vista, a Cabala do pós século XII é vista como a fase seguinte numa linha contínua de desenvolvimento que surgiram dos mesmos elementos e raízes. Desta forma, estes estudiosos sentem que é apropriado o uso do termo Cabala para referir-se ao misticismo judeu desde o primeiro século da Era Comum. O Judaísmo ortodoxo discorda de ambas as escolas filosóficas, assim como rejeita a ideia de que a Cabala causou mudanças ou desenvolvimento histórico significativo.

Desde o final do século XIX, com o crescimento do estudo da cultura dos Judeus, a Cabala também tem sido estudada como um elevado sistema racional de compreensão do mundo, mais que um sistema místico. Um pioneiro desta abordagem foi Lazar Gulkowitsch.

Quais são os ensinamentos básicos da Kabbalah?

A Kabbalah ensina que, a fim de podermos reclamar as dádivas para as quais fomos criados para receber, primeiro temos que merecer essas dádivas. Nós as merecemos quando nos envolvemos com nosso trabalho espiritual – o processo de transformarmos a nós próprios na essência. Ao nos ajudar a reconhecer as fontes de negatividade em nossas próprias mentes e corações, a Kabbalah nos fornece as ferramentas para a mudança positiva.

A Kabbalah ensina que todo ser humano é uma obra em execução. Qualquer dor, desapontamento ou caos que exista em nossas vidas não ocorre porque a vida é assim mesmo, mas apenas porque ainda não terminamos o trabalho que nos trouxe até aqui. Esse trabalho, muito simplesmente, é o processo de nos libertarmos do domínio do ego humano e de criar uma afinidade com a essência de compartilhar de Deus.

Na vida do dia-a-dia, esta transformação significa desapegar-se da raiva, da inveja e de outros comportamentos reativos em favor da paciência, empatia e compaixão. Não significa abrir mão de todos os desejos e ir viver no topo de uma montanha. Muito pelo contrário, significa desejar mais da plenitude para a qual a humanidade foi criada para obter.

Quem pode estudar a Cabala?

Quando perguntaram ao Rav Kook- Cabalista do século XX e Rabino em Israel – quem poderia estudar Cabala, sua resposta foi inequívoca: "Qualquer um que queira".

De acordo com alguns os Cabalistas, os dias em que a Cabala era um segredo acabaram. A sabedoria da Cabala manteve-se oculta no passado porque os Cabalistas temiam que ela fosse mal aplicada e mal entendida. E realmente o pouco que escapou gerou muitos mal-entendidos. Porque os Cabalistas dizem que a nossa geração está pronta para entender o real significado da Cabala, e para acabar com os mal-entendidos, esta ciência está agora sendo revelada para todos que desejam aprender.

A Kabbalah é judaica?

A Kabbalah nasceu no seio do judaísmo rabínico (sendo desconhecida por outras vertentes israelíticas, como o judaísmo caraíta), mas existiram muitos estudiosos não judeus, tais como os cristãos Knorr-von-Rosenroth, Pico Della Mirandola e Sir Isaac Newton.

Principais textos cabalistas

A ciência da Cabala é única na maneira que fala sobre você e eu, sobre todos nós. Ele não trata de algo abstrato, apenas com a forma como são criados e como nós funcionamos em níveis mais elevados de existência.

O primeiro livro na Cabala a ser escrito, existente ainda hoje, é o Sefer Yetzirah ("Livro da criação"), escrito por Abraão, o pai das religiões cristãs. Os primeiros comentários sobre este pequeno livro foram escritos durante o século X, e o texto em si é citado desde o século VI. Sua origem histórica não é clara. Como muitos textos místicos Judeus, o Sefer Yetzirah foi escrito de uma maneira que pode parecer insignificante para aqueles que o leem sem um conhecimento maior sobre o Tanakh (Bíblia Judaica ,equivalente ao Antigo Testamento) e o Midrash.

Outra obra muito importante dentro da cabala é o Bahir ("iluminação"), também conhecido como "O Midrash do Rabino Nehuniah ben haKana". Com aproximadamente 12.000 palavras. Publicado pela primeira vez em 1176 em Provença, muitos judeus ortodoxos acreditam que o autor foi o Rabino Nehuniah ben haKana, um sábio Talmúdico do século I. Historiadores mostraram que o livro aparentemente foi escrito não muito antes de ter sido publicado.

O trabalho mais importante da cabala é o Zohar (זהר "Esplendor"). Trata-se de um comentário esotérico e místico sobre o Torah(Antigo Testamento), escrito em aramaico. A tradição ortodoxa judaica afirma que foi escrito pelo Rabino Shimon ben Yohai durante o século II. No século XII, um judeu espanhol chamado Moshe de Leon declarou ter descoberto o texto do Zohar, o texto foi então publicado e distribuído por todo o mundo judeu. Gerschom Scholem, que foi um célebre historiador e estudante da Cabala, mostrou que o próprio de Leon teria sido o autor do Zohar: Entre suas provas, uma é que o texto utiliza a gramática e estruturas frasais da língua espanhola do século XII; outra é que o autor não tinha um conhecimento exato de Israel. O Zohar contém e elabora sobre muito do material encontrado no Sefer Yetzirah e no Sefer Bahir, e sem dúvida é a obra cabalística por excelência.

Após o Zohar, temos os escritos de Ari, um renomado cabalista do século XVI. O século XX, por sua vez, viu o surgimento dos trabalhos do cabalista Yehuda Ashlag.

Os textos do Ashlag são os mais adequados para a nossa geração. Eles, assim como outras fontes cabalísticas, descrevem a estrutura dos mundos superiores, como ela descende e como o nosso universo, com tudo o que possui, veio a existir.

            

Cabala no Cristianismo e na sociedade não Judaica

O termo "Cabala" veio a ser usado até meados do século XI, e naquele tempo referia-se à escola de pensamento (Judaica) relacionada ao misticismo esotérico.

Desde esses tempos, trabalhos Cabalísticos ganharam uma audiência maior fora da comunidade Judaica. Assim versões Cristãs da Cabala começaram a desenvolver-se; no início do século XVIII a cabala passou a ter um amplo uso por filósofos herméticos, neo-pagãos e outros novos grupos religiosos. Hoje esta palavra pode ser usada para descrever muitas escolas Judaicas, Cristãs ou neo-pagãs de misticismo esotérico. Leve-se em conta que cada grupo destes tem diferentes conjuntos de livros que eles mantem como parte de sua tradição e rejeitam as interpretações de cada um dos outros grupos.

Ensinamentos cabalísticos sobre a alma humana

O Zohar propõe que a alma humana possui três elementos, o nefesh, ru'ach, e neshamah. O nefesh é encontrado em todos os humanos e entra no corpo físico durante o nascimento. É a fonte da natureza física e psicológica do indivíduo. As próximas duas partes da alma não são implantadas durante o nascimento, mas são criadas lentamente com o passar do tempo; Seu desenvolvimento depende das ações e crenças do indivíduo. É dito que elas só existem por completo em pessoas espiritualmente despertas. Uma forma comum de explicar as três partes da alma é como mostrado a seguir:

  • Nefesh - A parte inferior ou animal da alma. Está associada aos instintos e desejos corporais.
  • Ruach - A alma mediana, o espírito. Ela contém as virtudes morais e a habilidade de distinguir o bem e o mal.
  • Neshamah - A alma superior, ou super-alma. Essa separa o homem de todas as outras formas de vida. Está relacionada ao intelecto, e permite ao homem aproveitar e se beneficiar da pós-vida. Essa parte da alma é fornecida tanto para judeus quanto para não-judeus no nascimento. Ela permite ao indivíduo ter alguma consciência da existência e presença de Deus.

A Raaya Meheimna, uma adição posterior ao Zohar por um autor desconhecido, sugere que haja mais duas partes da alma, a chayyah e a yehidah. Gershom Scholem escreve que essas "eram consideradas como representantes dos níveis mais elevados de percepção intuitiva, e estar ao alcance somente de alguns poucos escolhidos".

  • Chayyah - A parte da alma que permite ao homem a percepção da divina força.
  • Yehidah - O mais alto nível da alma, pelo qual o homem pode atingir a união máxima com Deus
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Antiguidade do misticismo esotérico

De acordo com a compreensão tradicional, Kabbalah data do Éden. Ela veio de um passado remoto como uma revelação para eleger os Tzadikim (pessoas justas) e, na maior parte, foi preservado somente para poucos privilegiados.

Literatura Apocalíptica pertence aos séculos II e I do pré-Cristianismo contendo alguns elementos da futura Kabbalah e, segundo Josephus, tais escritos estavam em poder dos Essênios, e eram cuidadosamente guardados por eles para evitar sua perda, o qual eles alegavam ser uma antiguidade valiosa (veja Fílon de Alexandria, "De Vita Contemplativa", iii., e Hipólito, "Refutation of all Heresies", ix. 27).

Estes muitos livros contém tradições secretas mantidas ocultas pelos "iluminados" como declarado em IV Esdras xiv. 45-46, onde Pseudo-Ezra é chamado a publicar os vinte e quatro livros canônicos abertamente, de modo a que merecedores e não merecedores pudessem igualmente ler, mas mantendo sessenta outros livros ocultos de forma a "fornece-los apenas àqueles que são sábios" (compare Dan. xii. 10); pois para eles, estes são a primavera do entendimento, a fonte da sabedoria, e a corrente do conhecimento.

Instrutivo ao estudo do desenvolvimento da Cabala é o Livro dos Jubilados, escrito no reinado do Rei João Hircano, o qual refere a escritos de Jared, Cainan, e Noé, e apresenta Abraão como o renovador, e Levi como o guardião permanente, destes escritos antigos. Ele oferece uma cosmogênese baseada nas vinte e duas letras do alfabeto hebraico, e conectada com a cronologia judaica e a messianologia, enquanto ao mesmo tempo insiste na Heptade como número sagrado ao invés do sistema decádico adotado por Haggadistas posteriores e pelo "Sefer Yetzirah". A ideia Pitagórica do poder criador de números e letras, sobre o qual o "Sefer Yetzirah" está fundamentado, era conhecido no tempo da Mishnah (antes de 200DC).

Gnosticismo e Cabala

A literatura gnóstica dá testemunho da antiguidade da Cabala. Gnosticismo — isto é, a "Chochmah" cabalística (חכמה , em hebraico, "sabedoria") e a Sophia gnóstica (em grego "sabedoria") - parece ter sido a primeira tentativa por parte dos sábios judeus em fornecer uma tradição mística empírica, com ajuda de ideias Platônicas e Pitagóricas (ou estoicas), um retorno especulativo.

Doutrinas Místicas nos Tempos do Talmude

Nos tempos do Talmude os termos "Ma'aseh Bereshit" (Trabalhos da Criação) e "Ma'aseh Merkabah" (Trabalhos do Divino Trono/Carruagem) claramente indicam a vinculação com o Midrash nestas especulações; elas eram baseadas em Gen. i. e Ezequiel i. 4-28; enquanto os nomes "Sitre Torah" (Talmude Hag. 13a) e "Raze Torah" (Ab. vi. 1) indicam seu caráter secreto. Em contraste com a afirmação explícita das Escrituras que Deus criou não somente o mundo, mas também a matéria da qual ele foi feito, a opinião é expressa em tempos muito recentes que Deus criou o mundo da matéria que encontrou disponível — uma opinião provavelmente atribuída a influência da cosmogênese platônica.

Eminentes professores rabinos conservam a teoria da preexistência da matéria (Midrash Genesis Rabbah i. 5, iv. 6), em contrariedade com Gamaliel II. (ib. i. 9).

Ao discorrer sobre a natureza de Deus e do universo, os místicos do período Talmúdico afirmaram, em contraste com o transcedentalismo Bíblico, que "Deus é o lugar-morada do universo; mas o universo não é o lugar-morada de Deus". Possivelmente a designação ("lugar") para Deus, tão frequentemente encontrada na literatura Talmúdica-Midrashica, é devida a esta concepção, assim como Philo, ao comentar sobre Gen. xxviii. 11 diz, "Deus é chamado 'ha makom' (המקום "o lugar") porque Deus abarca o universo, mas Ele próprio não é abarcado por nada" ("De Somniis," i. 11).

Spinoza devia ter esta passagem em mente quando disse que os antigos judeus não separavam Deus do mundo. Esta concepção de Deus pode ser panenteísta. Isto também postula a união do homem com Deus; ambas as ideias foram posteriormente desenvolvidas na Cabala mais recente.

Até em tempos bem recentes, teólogos da Palestina e de Alexandria reconheceram dois atributos de Deus: o atributo da justiça (מדת הדין, "middat ha-din") e o atributo da misericórdia (מדת הרחמים, "middat ha-rahamim") (Midrash Sifre,Deut.27): Este é o contraste entre misericórdia e justiça, que é uma doutrina fundamental da Cabala.

 Moderna e contemporânea

A Cabala tem crescido a partir do século XVI, com o Rabino Itzhak Luria, conhecido como Ari ( "O Leão").Ele oferece, em seu livro Etz Chaim (Árvore da Vida) uma explicação aprofundada das dez sefirot , e as explicações sobre o livro do Zohar (incluindo Idra Rabba).

A partir deste período, muitos cabalistas incentivou o estudo da Cabala, como relatou o rabino Azulai Orh Hashemesh em seu livro, "A proibição estabelecida no aprendizado da Kabbalah foi um tempo limitado, até 'em 1490. Desde 1540, é necessário incentivar todos os interessados no livro do Zohar, porque só estudando o Zohar que a humanidade alcançará a redenção espiritual, e Portanto, não é proibido estudar Kabbalah. "

Assim também diz o rabino Yehuda Levi Ashlag, cabalista do século XX: "Não há outro caminho para a população em geral,conseguir alguma elevação espiritual e redenção, a não ser com a aprendizagem da Cabala. Este é o método mais fácil e mais acessível"

Dualidade Cabalística?

Embora Kabbalah apresentar a Unidade de Deus, uma das críticas mais graves e persistentes é que pode levar longe monoteísmo, em vez disso promover o dualismo, A crença de que há uma contraparte sobrenatural de Deus. O sistema dualista afirma que existe um poder bem contra um poder maligno. Existem dois modelos principais de gnóstico-cosmologia dualista: a primeira, que remonta a Zoroastrismo, Acredita que a criação é ontologicamente dividido entre as forças do bem e do mal, a segunda, encontrada em grande parte greco-romana como ideologias Neo-platonismo, Acredita que o universo conhecia uma harmonia primordial, mas que uma perturbação cósmica resultou um segundo, o mal, a dimensão da realidade. Este segundo modelo influenciou a cosmologia da Cabala.

De acordo com a cosmologia cabalista, as dez sefirot correspondem a dez níveis de criação. Estes níveis da criação não deve ser entendido como dez diferentes "deuses", mas como dez maneiras diferentes de revelar Deus, um por nível. Não é Deus que muda, mas a capacidade de perceber Deus que muda.

Enquanto Deus pode parecer a apresentar natureza dupla (masculino-feminino, compassivo julgadora, criador-criação), todos os seguidores da Cabala têm consistentemente salientado a unidade absoluta de Deus. Por exemplo, em todas as discussões de macho e fêmea, a natureza oculta de Deus existe acima de tudo, sem limite, sendo chamado o infinito ou a "No End" (Ein Sof)-Nem um nem o outro, que transcende qualquer definição. A habilidade de Deus para tornar-se escondido da percepção é chamada de "Restrição" (Tzimtzum).O ocultamento torna a criação possível porque Deus pode ser "revelado" em uma diversidade de formas limitadas, que então forma os blocos de criação.

Trabalhos posteriores cabalístico, incluindo o Zohar, Parecem mais fortemente afirmar dualismo, como eles atribuem todos os males de uma força sobrenatural conhecido como o Achra Sitra[4] (o "outro lado") que emana de Deus. A "esquerda" da emanação divina é um reflexo negativo do lado "de santidade" com que foi bloqueado em combate. [Encyclopaedia Judaica, Volume 6, "Dualismo", p. 244]. Embora este aspecto o mal existe dentro da estrutura divina do Sefirot, a Zohar indica que o Ahra Sitra não tem poder sobre Ein Sof, e só existe como um aspecto necessário da criação de Deus para dar ao homem o livre arbítrio, e que o mal é a consequência dessa escolha. Não é uma força sobrenatural em oposição a Deus, mas um reflexo da luta interna moral dentro de humanidade entre os ditames da moralidade e da renúncia de um de instintos básicos.

Predizendo o Futuro

Um pequeno número de pessoas que se diziam cabalistas tentou predizer acontecimentos pela cabala. A palavra passou a ser usada como referência às ciências secretas em geral, à arte mística, ou ao mistério.

Depois disso, a palavra cabala veio erroneamente a significar uma associação secreta de uns poucos indivíduos que buscam obter posição e poder por meio de práticas astuciosas.

Cabala e a Tradição Esotérica Ocidental

A Tradição Esotérica Ocidental (ou Hermética) é a maior precursora dos movimentos do Neo-Paganismo e da Nova Era, que existem de diversas formas atualmente, estando fortemente intrincados com muitos dos aspectos da Cabala. Muito foi alterado de sua raiz Judaica, devido à prática esotérica comum do sincretismo. Todavia a essência da tradição está reconhecidamente presente.

A Cabala “Hermética”, como é muitas vezes denominada, provavelmente alcançou seu apogeu na “Ordem Hermética do Alvorecer Dourado” (Hermetic Order of the Golden Dawn), uma organização que foi sem sombra de dúvida o ápice da Magia Cerimonial (ou dependendo do referencial, o declínio à decadência). Na “Alvorecer Dourado”, princípios Cabalísticos como as dez emanações (Sephirah), foram fundidas com deidades Gregas e Egípcias, o sistema Enochiano da magia angelical de John Dee, e certos conceitos (particularmente Hinduístas e Budistas) da estrutura organizacional estilo esotérico- (Maçónica ou Rosacruz).

Muitos rituais da Alvorecer Dourado foram expostos pelo lendário ocultista Aleister Crowley e foram eventualmente compiladas em formato de Livro, por Israel Regardie, autor de certa notoriedade.

Crowley deixou sua marca no uso da Cabala, em vários de seus escritos; destes, talvez o mais ilustrativo seja Líber 777. Este livro é basicamente um conjunto de tabelas relacionadas: às várias partes das cerimônias de magias religiosas orientais e ocidentais; a trinta e dois números que representam as dez esferas e vinte e dois caminhos da Arvore da Vida Cabalística.

A atitude do sincretismo demonstrada pelos Kabalistas Herméticos é plenamente evidente aqui, bastando verificar as tabelas, para notar que Chesed corresponde a Júpiter, Isis, a cor azul (na escala Rainha), Poseidon, Brahma e ametista – nada, certamente, do que os Cabalistas Judeus tinham em mente.

Cabala Qliphótica

Desenvolvida a partir da Cabala Hermética, a Cabala Qliphótica é o foco da assim chamada Cabala Draconiana, que aborda também as forças consideradas sinistras do universo e do homem (o subconsciente). Tem sido por muito tempo uma matéria renegada pela maioria dos cabalistas e ocultistas e, por isto, pouco compreendida. A Cabala Draconiana procura estudar a Luz e as Trevas em vários níveis da constituição humana e cósmica, sendo um sistema cabalístico muito prático que envolve a Magia Sexual, ritualística, meditações sombrias, invocações e evocações, etc. Seu escopo está no trabalho com as Qliphoth, ou as Sephiroth reversas, o outro lado da Árvore da Vida.

Atualmente os mais importantes estudiosos e divulgadores da Cabala Draconiana são: o inglês Kenneth Grant ("Nightside of Eden"), o sueco Thomas Karlsson ("Qabalah, Qliphoth and Goetic Magic"), o lusobrasileiro Adriano Camargo Monteiro ("A Cabala Draconiana") e a americana Linda Falorio ("The Shadow Tarot").

                      

        Cabalá: aquilo que é recebido. Aquilo que não pode ser conhecido apenas através da ciência ou da busca intelectual. Um conhecimento interior que tem sido passado de sábio para aluno desde o despertar dos tempos. Uma disciplina que desperta a consciência sobre a essência das coisas.

Entramos neste mundo e nossos sentidos encontram sua crosta externa. Tocamos a terra com nossos pés, a água e o vento atingem nossa pele, recuamos perante o calor do fogo. Escutamos os sons e ritmos. Vemos formas e cores. Logo começamos a medir, a pesar e a descrever com precisão. Como cientistas, registramos o comportamento dos compostos químicos, das plantas, animais e seres humanos. Nós os gravamos em video-tape, observamos sob o microscópio, criamos modelos matemáticos, enchemos um supercomputador com dados a seu respeito. De nossas observações, aprendemos a domar nosso ambiente com invenções e engenhocas, e então nos damos um tapinha nas costas e dizemos: "Isso mesmo, conseguimos."

Mas nós mesmos, nossa consciência, que está examinando este mundo, residimos em uma camada mais profunda. Eis por que não podemos deixar de perguntar: "E sobre a coisa em si mesma? Aquilo que está lá antes que a medíssemos? O que é matéria, energia, tempo, espaço - e como vieram a ser?

Para explicar nosso mundo sem examinar esta profundeza interior é tão superficial quanto explicar o trabalho de um computador descrevendo as imagens vistas no monitor. Se virmos uma bola movendo-se para cima e para baixo na tela, diríamos que está ricocheteando contra o fundo da tela? Os dispositivos na sua barra de rolagem exercem alguma força sobre a página dentro da tela? A barra do menu tem realmente os menus ocultos atrás dela?

O autor de um software de uso facilitado seguiu regras consistentes para que você possa trabalhar confortavelmente dentro dele. Se for um jogo de alguma complexidade, ele precisou determinar e seguir um grande conjunto de regras. Mas uma descrição destas regras não é uma explicação válida de como isso funciona. Para isso, precisamos ler seu código, examinar o equipamento, e, mais importante - examinar a descrição de seu conceito original. Precisamos vê-lo da maneira que o autor o vê, como evolui passo a passo de um conceito em sua mente através do código que ele escreve, até os pontinhos fosforescentes minúsculos na tela.

O código por trás da realidade, o conceito que instila vida às equações e as torna reais. Homens e mulheres sacrificaram seu alimento, seu conforto, viajaram grandes distâncias e pagaram com sua própria vida para chegar a conhecer estas coisas. Não há uma só cultura neste mundo que não tenha seus ensinamentos para descrevê-las. Nos ensinamentos judaicos, elas são descritas na Cabalá.

Segundo a tradição, as verdades da Cabalá foram conhecidas por Adam (Adão). Aquilo que sua mente apreendeu, nenhuma outra mente pode conceber. Mesmo assim ele foi capaz de transmitir um vislumbre de seu conhecimento a algumas das grandes almas que dele descenderam, como Hanoch e Metushelach. Foram eles os grandes mestres que ensinaram Nôach (Noé), que por sua vez ensinou seus próprios alunos, incluindo Avraham (Abraão). Avraham estudou na academia do filho de Nôach, Shem, e enviou seu filho Yitschac para lá estudar, depois dele. Yitschac por sua vez mandou seu filho Yaacov estudar com Shem e com o bisneto de Shem, Ever.

Adam, Nôach, Avraham - estes foram pais de toda a humanidade. Eis por que você encontrará alusões às verdades que eles ensinaram seja onde for que tenha chegado a cultura humana.

Mesmo assim, a fonte essencial para a Cabalá não é Adam ou Nôach ou mesmo Avraham. É o evento no Monte Sinai, onde a essência primordial do cosmos foi desnudada para que uma nação inteira a contemplasse. Foi uma experiência que deixou uma marca indelével sobre a psique judaica, moldando por completo nossas idéias e nosso comportamento desde então.

No Sinai, a sabedoria interior tornou-se não mais uma questão de intuição ou revelação particular. Era então um fato que havia penetrado em nosso mundo e se tornado parte da história e da experiência dos mortais comuns.

Eis por que a Cabalá não pode ser chamada de filosofia. Uma filosofia é o produto de mentes humanas, algo com que qualquer outra mente humana pode jogar, espremê-la ou esticá-la segundo os ditames de seu próprio intelecto e intuição. Mas Cabalá significa: "que é recebida." Recebida não apenas de um professor, mas do Sinai. Assim que o aluno tenha dominado o caminho deste conhecimento recebido, ele ou ela pode encontrar maneiras de expandi-lo ainda mais, como uma árvore se ramifica a partir de seu tronco. Mas será sempre um crescimento orgânico, jamais tocando a vida e a forma essenciais daquele conhecimento. Os ramos, galhos e folhas irão apenas onde deveriam para aquela árvore em particular - um bordo jamais se tornará um carvalho, e jamais um aluno revelará um segredo que não estivesse oculto nas palavras de seu mestre.(chabad.org.br

 

 

             O HOMEM PERFEITO E A ÁRVORE DA VIDA

             

 

 O Homem Perfeito, Adam Kadman, é representado pela Árvore da Vida, que possui uma coluna central e duas outras, uma à sua direita e outra à sua esquerda com suas Séfiras interligadas. Existe uma estreita relação entre as Séfiras da coluna central e as duas colunas opostas, às quais são regidas por três princípios Divinos essenciais: A Vontade Primordial, a Misericórdia (direita) e a Justiça ou o Rigor (esquerda), de forma que a Vontade mantém o equilíbrio entre as atividades destas duas colunas opostas. Enquanto a Misericórdia faz expandir o fluxo da emanação da Força Divina, a Justiça faz contrair, de forma que com a presença deste equilíbrio ocorre a organização dos 10 atributos (Séfiras) neste modelo específico.

 

Este protótipo chamado a manifestar-se passou a ser designado pelos estudiosos da Doutrina Divina pelo nome de Árvore da Vida, pois a sua compreensão conduz o homem de volta ao Éden perdido.

 

O Raio Divino desce desde Keter, a primeira Séfira, na forma de um relâmpago, em zigue-zague, e atinge a última Séfira, Malkut. Diz-se então que esta Séfira inferior, o Reino é, em verdade, o complemento de Keter, a Coroa, pois nela vem penetrar o Divino Raio Resplandecente de Deus, para constituir-se aí o Reino da Shekinah, que “materializa” a própria Presença de Deus nos mundos da criação.

 

A natureza da Árvore da Vida é quádrupla, pois encerra em toda a sua estrutura os 4 níveis de mundos divinos. Por analogia, poderíamos dizer que se tratam das 4 características fundamentais de uma árvore comum: a raiz, o tronco, as ramagens e os frutos, conforme ela cresce nos planos existenciais. No seu aspecto humano este quaternário pode ser classificado como: Vontade, Mente, Coração e Corpo Físico.

 

Temos acima a representação da Árvore da Vida e o Nome Divino IHVH יהוה, mostrando a figura estilizada e sagrada do próprio Homem Perfeito, Adam Kadman.

 

As Séfiras com seus nomes em hebraico se tratam das já conhecidas no conjunto desta representação, ou seja:

 

 

 

Kether – Coroa

 

Binah – Razão

 

Hokmah – Sabedoria

 

Daat – Conhecimento

 

Geburah – Justiça

 

Chesed – Misericórdia

 

Tiferet – Harmonia

 

Hod – Honra

 

Netzah – Vitória

 

Yesod – Fundamento

 

 

Malkut – a Terra

 

 

 

                    OS QUATRO MUNDOS CABALÍSTICOS

      

 

Lembremo-nos sempre de que os ensinamentos iniciáticos serão repetidamente taxativos em suas exortações: quando o assunto tiver relação com o conhecimento dos Mundos Superiores, este limitar-se-á apenas a algumas poucas notas ou a informações excepcionalmente sucintas.

 

Deve o discípulo saber que todos nós vivemos em mundos contingenciados e, por isto mesmo, finitos. Por esta razão, tudo o que existe nestes mundos de relatividade não podem jamais ter a compreensão do que é Infinito.

 

Por outro lado, terá ele que desenvolver sua capacidade interna de analogia e síntese, para que possa penetrar mais fundo nos signos ocultos que podem ser encontrados nas obras dos grandes mestres.

 

Neste sentido, a Árvore da Vida pode ser considerada como uma configuração perfeita dos Atributos Divinos materializada de forma a ser compreendida intelectualmente e, a partir daí, permitir que o discípulo sincero aprofunde no seu conhecimento mais intrínseco.

 

Vejamos então como os quatro mundos da Criação foram estruturados em seus três pilares de Luz, o central e os dois em oposição, partindo-se do mais sutil para o mais denso.

 

O Primeiro Mundo da Árvore é Aziluth ou Emanação, onde tudo interage com perfeição e onde as leis e os movimentos são perfeitamente completos e integrados, pois se acham num estado pleno de Vontade pura emanada do ALTO. Dela se originou a criação numa excepcional seqüência de grandes acontecimentos cósmicos que se estenderam sucessivamente até atingir o plano da materialidade absoluta.

 

Do mundo superior sempre surge o mundo inferior, conforme está narrado no Gênese Bíblico, nos sete dias da criação. A começar pela Luz e o Firmamento, surgidos neste Primeiro Mundo de Aziluth, transcorreram os demais dias (eras), até que o Raio Divino atingiu a última Séfira, Malkut ou o Reino, onde a criação alcançou o seu ponto de maior densidade e multiplicidade. Em linguagem iniciática, escreve o Grande Adepto Moisés que a Consciência Divina enfim “descansou”.

 

O Segundo Mundo surgido desse Primeiro é Beriah ou Mundo da Criação propriamente dita, pois é quando os arquétipos são plasmados e ficam à disposição dos Agentes da Criação para encaminhamento aos mundos que estão por vir. Desse Mundo surge Yezirah ou Mundo da Formação, que dá as primeiras conformações aos arquétipos descidos do mundo anterior, preparando-os para a densificação. Finalmente, esse mundo dá formação a Asiyyah, o Mundo da Ação ou Manifestação, onde o drama cósmico da vida na Terra tem seu início.

 

Apesar de podermos construir uma idéia gráfica da Árvore do Conhecimento e da Vida, de fato, nenhuma representação por nós concebida pode mostrá-la em sua total realidade, pois seus “mundos” se interpenetram uns nos outros e sutilizam-se de forma tal que nenhuma percepção pode ter sua plena compreensão nestes mundos de Asiyyah. Nestes mundos de relatividade, mal podemos atribuir-lhe alguns aspectos de sua notável magnitude e da manifestação de suas poderosas vibrações de cores, força e luz, mostrando sua escala descensional até alcançar os mundos mais materializados.

 

Os adeptos cabalistas afirmam que se o homem tiver dentro de si os quatro níveis correspondentes da Árvore do  Conhecimento em equilíbrio consciente, ou seja, a Divindade, o Espírito, a Psique e o Corpo Físico, poderá perceber a atuação de todos esses mundos durante seu retorno à Fonte Divina.

(Por J. A. FONSECA)J.A.Fonseca é economista, aposentado, escritor, conferencista, estudioso de filosofia esotérica e pesquisador arqueológico, já tendo visitado diversas regiões do Brasil. É presidente da associação Fraternidade Teúrgica do Sol em Barra do Garças–MT, articulista do jornal eletrônico Via Fanzine(www.viafanzine.jor.br) e membro do Conselho Editorial do portal UFOVIA.

 

PENTAGRAMA

 

Um pentagrama (do grego antigo πεντάγραμμος) é uma estrela composta por cinco retas e que possui cinco pontas. Na língua portuguesa, pentagrama significa uma palavra com cinco letras. Também é, em música, as cinco linhas paralelas que compõem a partitura.

Ao pentagrama são atribuídos vários significados esotéricos. Pentagrama na mitologia

Originalmente símbolo da deusa romana Vênus foi associado a diversas divindades e cultuado por diversas culturas. O símbolo é encontrado na natureza, como a forma que o planeta Vênus faz durante a aparente retroação de sua órbita. Trata-se de um dos símbolos pagãos mais utilizados na magia cerimonial pois representa os quatro elementos (água, terra, fogo e ar) coordenados pelo espírito, sendo considerado um talismã muito eficiente.

O pentagrama é conhecido também como o símbolo do infinito, já que é possível fazer outro pentagrama menor dentro do pentágono regular do pentagrama maior , e assim sucessivamente.

Possui simbologia múltipla, sempre fundamentada no número cinco, que expressa a união dos desiguais. Representa uma união fecunda, o casamento, a realização, unindo o masculino,o 3, e o feminino, o 2, simbolizando ainda, dessa forma, o andrógino

Pentagrama na Religião

Para os pagãos, cada ponta do pentagrama representa um dos Cinco Elementos da Natureza: Ar, Fogo, Água, Terra, e um espírito que a todos coordena.Cinco Elementos da Natureza e o Pentagrama

Atualmente, muitos usam um Pentagrama no pescoço, como símbolo de orgulho da sua religião e representando a sua fé, ou ainda como um amuleto de proteção. É importante notar que isso não é nenhuma obrigação para qualquer religião .

Além do seu significado primordial, dos cinco elementos, o pentagrama também representa o corpo humano (os 4 membros e a cabeça). Para alguns o pentagrama passa ainda a ser conhecido como "estrela do microcosmo" (pequeno universo), que simboliza o mago dominando o espírito sobre a matéria, inteligência sobre instintos, mente sobre o corpo.

Nos rituais da religião Wicca, além de ser um dos símbolos da deusa, o pentagrama às vezes é usado como símbolo da terra, outras vezes para consagrar os instrumentos ritualísticos, objetos e amuletos.

O pentagrama pode ser feito de qualquer material (metal, madeira, argila, vidro, etc.) e até desenhado em pedaços de pano ou mesmo no chão.

Pentagrama Invertido

Muitas pessoas que se intitulam satanistas usam o Pentagrama invertido (com duas pontas para cima), afirmando significar o triunfo da Matéria sobre o Espírito. Ainda que, originalmente, o Pentagrama com duas pontas para cima já aparecia, no paganismo pré-cristão, como um dos símbolos da Grande Mãe (pela semelhança com um canal vaginal, um útero e duas trompas). Assim sendo, o pentagrama invertido possui significados paralelos

(wikipédia)

 

                       ELOHIM - SEU SIGNIFICADO

                         

 

Qual é o Verdadeiro Significado da Palavra "ELOHIM" no Idioma da Língua Adâmica, que o Profeta Moisés Escreveu no Gênesis?

 No principio da formação da Terra, Deus o Pai, sendo o principal dos "Deuses" do Universo, se chamava "ELLOHI = ", palavra arcaica de "ELOHI".A palavra era aplicada a "Deus", em língua Adâmica (idioma de Adão).

Esta língua teve sua persistência no primitivo idioma no Sudoeste da Península Ibérica, mais precisamente no sul do atual território português; desde há aproximadamente 2.344 A.C., até à formação da língua arcaica portuguesa.

 

Este idioma e escrita fora trazido do Hemisfério Ocidental, pelo Patriarca Noé, após o grande Dilúvio. E foi com este "Idioma Patriarcal" que o Profeta Moisés escrevera os seus textos Bíblicos, do qual se veio a formar a língua hebraica clássica.

 

O radical da palavra "LOHI", ainda hoje em dia podemo-la encontrar no idioma "Euskara-Basco" de Espanha, e se refere ao "Lodo" e ao "Barro". (Dicionario Euskara-Español, pág. 135 e 150, da Editorial Cantabriga, S.A. Bilbao).

 

A palavra "ELLOHI" se desdobra em "EL-LOHI" e significa o seguinte: "EL = O" e "LOHI = LODO" ou "BARRO", isto é "O LODO" ou "O BARRO".

 

Ela teve sua evolução até á actual palavra da língua portuguesa e espanhola, como veremos a seguir: LOHI > LODHI > LODY > LÔDU > LÔDO, ou LODO.

 

Como se sabe, "O LODO ou BARRO" é um elemento de matéria terrestre, que a Bíblia relata, de onde se originou o primeiro "Homem" criado por Deus: "E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra" (Gên. 2:7).

 

Assim sendo, torna-se esta palavra "EL-LOHI" sinônimo de "Carne Humana" isto é, o tabernáculo do próprio Homem.

 

O nome "ELLOHI" chamado ao "Pai dos Deuses", teria sido dado em uma época muito remota, antes de existir o "Homem" na face da Terra no principio, quando nosso "Pai Celestial", tomou sobre si um tabernáculo de matéria terrestre de "Carne Humana", como experiência, afim de ser organizado fisiologicamente com a mesma matéria, o tabernáculo do futuro "Homem".

 

Sendo o próprio "Pai Celestial" o modelo real, do qual viria a ser o "Homem" á sua "Imagem e Semelhança", ou seja, a "Raça Humana" desta Terra.

 

A palavra Bíblica "ELOHIM" que dizem erradamente ser o plural de "ELOHAH" é sim o plural do original "ELOHI", e como tal deve ser aceite como " DEUSES ", no sentido de a leitura Bíblica, se tornar melhor compreendida. Todavia a palavra "ELOHIM" na sua raiz etimológica, deve ser entendida, no sentido de se tornar mais elucidativa, da maneira seguinte: O sufixo "EL" deu origem á palavra hebraica "Awel" e para a lingua arabe "Awwal" da qual se originou a palavra "ALLAH", que significa "DEUS".

 

E a palavra "LOHI", no entendimento lingüístico Bíblico, como atrás já tivemos a oportunidade de ver, significa "Homem". Assim a palavra "EL-LOHI" quer dizer: "Deus Homem" e "ELOHIM" Os Deuses Homens " ou seja "Os Deuses de Raça Humana".

 

Todos estes significados etimológicos, não são de maneira alguma descabidos se termos em mente, de que "Deus o Pai" é um "HOMEM", e o nosso próprio Salvador Jesus Cristo, o disse em diversas ocasiões de que Ele era "O Filho do Homem". (Marcos 10:33 e 13:26 )

 

Todavia a palavra "ELOHI" se encontra em diversos textos Bíblicos, mas com pontuação vocálica alterada no hebreu clássico, como na "The Holy Scriptures of the Old Testament" em: l Samuelis Chapter V: 7

A R O N   E L O H I    Y S R A E

AR(K)-ON   ELOHI    ISRAEL

THE ARK OF THE GOD   OF ISRAEL

A ARCA DE ELOHI   DEUS DE ISRAEL

Portanto a palavra "ELOHIM" significa "DEUSES" e "ELOHI" é "DEUS" assim como "ELI" e "ELOI" são diminutivos de "ELOHI", referindo-se a "DEUS PAI".

E à hora nona, Jesus exclamou com grande voz, dizendo:

"ELOI ! ELOI ! LAMA SABACTÂNI", (Marcos 15:34 )

 

Trabalho realizado pelo epigrafista Carlos Castelo

 

Leia maIS

 

Elohim (do hebraico אֱלוֹהִים , אלהים ) é a palavra hebraica utilizada designar divindades e poderes celestiais, em especial Deus no Tanakh e na Bíblia. Na Torá é o primeiro termo utilizado em relação a divindade, como consta no livro Bereshit/Gênesis: "No princípio criou Elohim aos céus e à terra". Consiste na palavra אלוה (Eloah), com o sufixo plural.

Estudiosos e gramáticos judeus[1] e cristãos têm afirmado que a forma plural teria o sentido de plural majestáticoou seja, uma reafirmação do poder da divindade (algo como "Poderosissímo"), apesar de algumas ramificações cristãs reconhecerem aspectos trinitarianos no uso do termo.

Origens e uso do termo

Os estudos das origens da palavra Elohim são geralmente ligadas ao termo hebraico אל, que significa acima. A palavra אל era utilizada para designar ordinariamente as diversas divindades cananitas (comparar com o assírio Ilu), e deu origem ao termo Eloah (אלוה). Este termo, singular, que significa o acima ou deus, é comparativamente raro, ocorrendo somente em um período tardio na poesia e prosa judaica (em Jó, 41 vezes). Algumas outras teorias, conectam o termo Eloah ao verbo árabe alih (ficar perplexo, temer), fazendo com que Eloah signifique "objeto de temor e reverência".[2]

Elohim é o plural do termo Eloah , mas usada em algumas vezes no sentido singular nas traduções e interpretações das Escrituras Judaico-Cristãs. Elohim literalmente significa os elevados (ou deuses), contudo é traduzido por deus ou Deus em certas condições de sintaxe. Na grande maioria dos casos de uso, o termo se refere ao Deus Único de Israel. Têm-se afirmado que a forma plural teria o sentido de plural majestático (comparar com o uso plural de termos como baal (dono, senhor) e adon (amo, senhor)). Alguns deuses eram também chamados de Elohim, e as Escrituras utilizam tais termos em referência aos seres humanos e outros seres.

Nas Escrituras judaico-cristãs, o termo ocorre já na primeira sentença. A tradução padrão para Gênesis 1,1 é:

"No princípio criou Deus os céus e a terra".

Uma tradução literal da sentença é:

בְּרֵאשִׁית בָּרָא אֱלֹהִים אֵת הַשָּׁמַיִם וְאֵת הָאָרֶץ

"No princípio criou os Deuses os céus e a terra". Gênesis 1:1

Em hebraico transliterado:

"Bereshit bara Elohim et hashamayim ve'et ha'arets. Bereshit 1:1

O termo בָּרָא no caso está no singular. Caso estivesse no plural, o correto seria a adoção de בראו .

 

Controvérsias

Para algumas ramificações cristãs o significado da palavra "Elohim" (plural), demonstraria a presença do conceito de Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Segundo os trinitários esta palavra reflete também a pluralidade da Trindade que se mostra, por exemplo, na criação do homem, quando geralmente se traduz "façamos o Homem à Nossa imagem, conforme a Nossa semelhança." e "o Homem será um de Nós, sabendo do bem e do mal".

 

Em referência a outros seres

Alguns textos das Escrituras utilizam o termo Elohim em referência a outros seres, como o ser humano, denotando assim um ser humano com poder acima de outros seres humanos comuns. Encontra-se em Shemot (Êxodo) 4:16, quando O Eterno יהוה designa Moshê (Moisés) e Aharon (Arão) para irem ao encontro do Faraó.

 

O texto em português diz:

 

"E ele [Aharon] falará por ti [Moshê] ao povo; e acontecerá que ele [Aharon] te será por boca, e tu [Moshê] lhe serás por Deus ['Elohim']". Êxodo 4:16

 

No hebraico transliterado, o texto é:

 

"Vediber-hu lecha el-ha'am vehayah hu yihyeh-lecha lefeh ve'atah tihyeh-lo le'Elohim". Shemot 4:16

 

O mesmo exemplo acontece em Shemot (Êxodo) 7:1:

 

"Então disse O Eterno [Adonai] a Moshê: Eis que te tenho posto por Deus [Elohim] sobre Faraó, e Aharon, teu irmão, será o teu profeta". Êxodo 7:1

 

" Vayomer Adonay el-Moshe re'eh netaticha Elohim le-Far'oh ve'Aharon achicha yihyeh nevi'echa." Shemot 7:1

 

Nos Tehilim (Salmos) 82:6, também, a palavra אלהים (Elohim) aparece para designar aqueles a quem a Palavra do Eterno era dirigida.